quarta-feira, 14 de julho de 2010

De todo coração ! Centro Cultural Casarão de Austregésilo de Athayde


 Centro Cultural Casarão de Austregésilo de Athayde

Convida para Exposição - De todo coração !

Entrada franca

Abertura 22 de julho de 18h às 22h
Visitas agendadas das 14h às 19h - Contatos: (21) 2265-3536 producao@clarasandroni.com.br


"Para Miguel Anselmo, o coração representa um modo de explicar o
mundo a partir da exposição de um detalhe, de uma autonomia a
partir de uma imagem simbólica e de seu deslocamento.
As obras de Miguel Anselmo procuram ampliar esta esfera de
relações simbólicas, deslocando a imagem do coração para o
terreno delicado e terrível das coisas mortas, do canibalismo e da
degustação: coração é algo desmistificado e laicizado.
A facilidade com que o autor desloca essa imagem de seu lugar
mítico para o campo dos símbolos, é a força que impulsiona e
alinha a mostra do artista, ao evocar a banalização do horror como
uma ontologia da imagem e a evocação do erótico como novo
significado dessa imagem em relação à finitude do ser, ao por o
coração despido do corpo, se oferecendo para ser devorado como
qualquer outra fina iguaria.
Irreverente, esta mostra adquire a dimensão de manifesto ao
denunciar que palavras como espírito e coração perderam
seus significados ou buscam outros, uma vez que ambos,
coração e espírito, no universo do artista, aparecem
totalmente dissociados do corpo."

Marcelo Ariel, escritor e dramaturgo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Restauros

a luz

A luz é símbolo e agente de pureza. Onde a luz não tem nada a fazer, nada a unir ou nada a separar, passa.

Novalis, "Fragmentos"

domingo, 9 de maio de 2010

Light a Candle!

The Candlelight Memorial

The International AIDS Candlelight Memorial, a program of the Global Health Council, is one of the oldest and largest grassroots mobilization campaigns for HIV/AIDS awareness in the world. Started in 1983, the Candlelight Memorial takes place every third Sunday in May and is led by a coalition of some 1,200 community organizations in 115 countries hosting local memorials that honor the lost and raise social consciousness about the disease. The Candlelight is also much more than just a memorial. It provides opportunities for leadership development, policy advocacy, partnerships, and improvement of community mobilization skills. With 33 million people living with HIV today, the Candlelight continues to serve as an important intervention for global solidarity, breaking down barriers, and giving hope to new generations.


This virtual Candlelight Memorial serves as a reminder that HIV/AIDS touches every person in every part of the world. We invite you to light a virtual candle for anyone who has been touched by HIV/AIDS.

The email address on the form is for internal use only and to verify the authenticity of the dedication. It will not be published on the website or be used for any other purpose.

Only your dedication and name will be posted on the website. Your dedication will be posted shortly.

sábado, 8 de maio de 2010

Os sonâmbulos

Svefn-G-Englar

Ég er kominn aftur
inn í þig
það er svo gott að vera hér
en stoppa stutt við
ég flýt um í neðansjávar hýði
á hóteli
beintengdur við rafmagnstöfluna
og nærist
en biðin gerir mig leiðan
brot hættan sparka frá mér
og kall á - verð að fara - hjálp
ég spring út og friðurinn í loft upp
baðaður nýju ljósi
ég græt og ég græt - aftengdur
ónýttur heili settur á brjóst
og mataður af svefn-g-englum

Os sonâmbulos

Eu estou aqui de novo
Dentro de você
É tão bom ficar aqui
Mas eu fico pouco tempo
Eu flutuo ao redor numa hibernação subaquatica
Num hotel conectado à mesa de eletrecidade e alimentando-me
Tyoowoohoo
Mas a espera me deixa inquieto – Eu chuto a fragilidadae pra fora – Eu tenho que ir - Socorro
Tyoowoohoo
Eu explodo e a paz se vai
Tomo banho na luz nova
Eu choro e eu choro - disconectado
Um cérebro arruinado colocado em peitos
E alimentado por sonâmbulos

quinta-feira, 1 de abril de 2010

"Poesia Vertical" para a Páscoa



Há vidas que duram um instante:
o nascimento.
Há vidas que duram dois instantes:
o nascimento e a morte.
Há vidas que duram três instantes:
o nascimento, a morte e uma flor.

Roberto Juaroz,

quinta-feira, 18 de março de 2010



"Eu nunca fui igual aos outros
Eu nunca tive muitos amigos
Eu nunca fui favorito, nem privilegiado em nenhum lugar
Eu nunca soube se tive alguém que amasse de verdade

Mas tive somente a mim,
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento

não vivo sozinho porque gosto,
e sim porque aprendi a ser só..."
Okatsura Lau

segunda-feira, 1 de março de 2010

"O Túnel"




Uma vez um homem encontrou duas folhas e entrou em casa segurando-as com os braços esticados dizendo aos pais que era uma árvore.


Ao que eles disseram então vai para o pátio e não cresças na sala pois as tuas raízes podem estragar a carpete.

Ele disse eu estava a brincar eu não sou uma árvore e deixou cair as folhas.

Mas os pais disseram olha é outono.



Russell Edson, "O Túnel"

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nas paredes de minha memória...




Nas paredes de minha memória
repousam quadros com pose de você
levitando com cores fortes a sábia espera.
Tiro o pó.
Tiro o ranço.
Inauguro um rancho
gancho para outra vida.
Uma vida não vivida.
Uma vida esquecida.
Aquecida pelas cores fortes
nas paredes de minha memória.

silponzil

quarta-feira, 10 de junho de 2009




"Vou andar até tirar
você pelos poros
Esgotar-te-me até sentir
que minei você
Esvaziar-te-me,
Lavar-me-te,
Purgar-te-me,
em meus furúnculos...
aduncos beicinhos.
Cuspir você!
Não ter pudor na hora
em que lavar meu sexo.
Quero esvaziar...
lavar...
purgar...
pulsar...
mas,
te amar!"

Rossiley Ponzilacqua

Trabalhos


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Outro lugar

Miguel Anselmo


Outro lugar

"Noutro lugar deixou-se ficar nua
e deu o seu corpo ao lobo mais faminto da cidade.

Noutro lugar abriu a casa ao inimigo
e disse-lhe toma tudo quanto queiras.

Noutro lugar dançou com tanta água
que se lhe humedeceram as entranhas
e apodreceu por dentro.

Noutro lugar veio tanta gente vê-la
que o aplauso se transformou em tempestade de Verão
e a cabeça estalou-lhe de tanta névoa e tantos caracóis
e tanto Agosto e tanto fogo.

Noutro lugar rendeu-se
deixou-se levar pelo instinto noutro lugar
e deitou-se para sobreviver aos seus pés
e lamber as feridas do caminho...
e viveu noutro lugar a vida de rastos.

Noutro lugar,
não neste."

Almudena Vidorreta Torres


(Trapézio, sem rede)

(original reproduzido em 23 Pandoras - Poesía alternativa española, selecção e prólogo de Vicente Muñoz Álvarez, Ediciones Baile del Sol, 2ª edição, Tenerife, 2009, p. 21.)