Uma ostra que não foi ferida de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é fruto de uma ferida cicatrizada, a lembrança de uma dor.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
domingo, 10 de julho de 2011
das satisfações...
corpos, almas,sentidos, provas, purezas, delicadezas,
resultados, avisos, cantos, ordens, o mistério materno, o leite seminal,todas as esperanças, todos os benefícios,todas as dádivas, paixões,
amores, encantos, gozos da terra, todos os deuses, juízes, governos,
pessoas no mundo e seus seguidores.tudo está contido no sexo como parte dele ou como sua razão de ser."
Walt Whitman
terça-feira, 28 de junho de 2011
hipocrisia
A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.
RESUMINDO : TODA PESSOA HIPÓCRITA É COVARDE E NÃO ASSUME SEUS ATOS QUANDO QUESTIONADOS.
Nota de repúdio do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT
O presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, Cláudio Nascimento afirmou, por meio de nota, que repudia "veementemente as declarações - irresponsáveis e equivocadas da deputada estadual Myrian Rios no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) a respeito da homossexualidade, relacionando-a à prática de pedofilia".
Ele disse ainda que "homossexualidade e a pedofilia são totalmente distintas entre si" e que "jamais em uma entrevista de emprego devemos levar em consideração a orientação sexual do profissional , mas sim a sua capacidade de execução das tarefas. Tal postura se configura como um atentado violento à cidadania e aos direitos humanos de lésbicas, gays, travestis e transexuais e que deve ser combatida".
O presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, Cláudio Nascimento afirmou, por meio de nota, que repudia "veementemente as declarações - irresponsáveis e equivocadas da deputada estadual Myrian Rios no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) a respeito da homossexualidade, relacionando-a à prática de pedofilia".
Ele disse ainda que "homossexualidade e a pedofilia são totalmente distintas entre si" e que "jamais em uma entrevista de emprego devemos levar em consideração a orientação sexual do profissional , mas sim a sua capacidade de execução das tarefas. Tal postura se configura como um atentado violento à cidadania e aos direitos humanos de lésbicas, gays, travestis e transexuais e que deve ser combatida".
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
VELHO TEMA
Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.
O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
é uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.
Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arriada de dourados pomos,
Existe, sim; mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.
(Vicente de Carvalho, Santos-SP, 1866-1924; poeta Realista)
Foto: Misha Gordin
Do livro das Horas...
"Deixa que tudo te aconteça: beleza e pavor.
Só é preciso andar: nenhum sentimento é o mais longínquo.
Não te deixes apartar de mim.
É perto a terra
a que chamam vida."
Rainer Maria Rilke, " O Livro de Horas - Livro Primeiro", 1899
Foto: DDiArte
trabalho de jardim, se a sombra
"Se o percurso das abelhas ficasse desenhado no ar, como nos veríamos?
Se a sombra fosse branca, encontrar-te-ia ?"Cristina Tavares
Foto: DDiArte
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
MENINO CHORANDO NA NOITE
Na noite lenta e morna, morta noite sem ruído, um menino chora.
O choro atrás da parede, a luz atrás da vidraça
perdem-se na sombra dos passos abafados, das vozes extenuadas.
E no entanto se ouve até o rumor da gota de remédio caindo na colher.
Um menino chora na noite, atrás da parede, atrás da rua,
longe um menino chora, em outra cidade talvez,
talvez em outro mundo.
E vejo a mão que levanta a colher, enquanto a outra sustenta a cabeça
e vejo o fio oleoso que escorre do queixo do menino,
escorre pela rua, escorre pela cidade (um fio apenas).
E não há ninguém mais no mundo a não ser esse menino chorando.
O choro atrás da parede, a luz atrás da vidraça
perdem-se na sombra dos passos abafados, das vozes extenuadas.
E no entanto se ouve até o rumor da gota de remédio caindo na colher.
Um menino chora na noite, atrás da parede, atrás da rua,
longe um menino chora, em outra cidade talvez,
talvez em outro mundo.
E vejo a mão que levanta a colher, enquanto a outra sustenta a cabeça
e vejo o fio oleoso que escorre do queixo do menino,
escorre pela rua, escorre pela cidade (um fio apenas).
E não há ninguém mais no mundo a não ser esse menino chorando.
Carlos Drummond de Andrade
foto: DDiArte
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
esta Habitação
"Embora as grandes Águas durmam,
Que ainda assim são o Abismo
Não se pode pôr em dúvida -
Nenhum Deus vacilante
Acendeu esta Habitação
Para a deitar fora -"
Emily Dickinson
Que ainda assim são o Abismo
Não se pode pôr em dúvida -
Nenhum Deus vacilante
Acendeu esta Habitação
Para a deitar fora -"
Emily Dickinson
Foto: DDiArte
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
dilacerado

"O mundo prodigioso que tenho na cabeça. Mas como me libertar e libertá-lo sem me dilacerar? E antes ser mil vezes dilacerado do que retê-lo em mim ou enterrá-lo. Estou aqui para isso, dou-me perfeitamente conta."
Franz Kafka, "Antologia de Páginas Íntimas"
Foto: DDiArte
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
O Sono
O sono que desce sobre mim,
O sono mental que desce fisicamente sobre mim,
O sono universal que desce individualmente sobre mim —
Esse sono
Parecerá aos outros o sono de dormir,
O sono da vontade de dormir,
O sono de ser sono.
Mas é mais, mais de dentro, mais de cima:
E o sono da soma de todas as desilusões,
É o sono da síntese de todas as desesperanças,
É o sono de haver mundo comigo lá dentro
Sem que eu houvesse contribuído em nada para isso.
O sono que desce sobre mim
É contudo como todos os sonos.
O cansaço tem ao menos brandura,
O abatimento tem ao menos sossego,
A rendição é ao menos o fim do esforço,
O fim é ao menos o já não haver que esperar.
Há um som de abrir uma janela,
Viro indiferente a cabeça para a esquerda
Por sobre o ombro que a sente,
Olho pela janela entreaberta:
A rapariga do segundo andar de defronte
Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém.
De quem?,
Pergunta a minha indiferença.
E tudo isso é sono.
Meu Deus, tanto sono!...
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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